
★★★☆☆
Vitória Clube de Lisboa. 20 de Outubro de 2012 (21h30). Sala cheia.Estreou dia 20 de Outubro de 2012, no Vitória Clube de Lisboa, a Revista Cheira a Vitória. Um projecto já com muitos meses de trabalho e dedicação de toda uma equipa com uma força de vontade notável, fez, pela mão de Rui de Sá, um grande sucesso numa sala cheia onde ecoaram aplausos.
Foi notória em palco a cumplicidade de uma equipa unida e muito diversificada, onde dos, 8 aos 80, há lugar para todos brilharem, cada um à sua maneira.
Do pouco se fez muito neste espectáculo, onde prevaleceram o Amor ao palco e a União e assim se conseguiram ultrapassar as barreiras desta conjuntura actual, fazendo da noite de estreia um álbum repleto de momentos a recordar.
Da comédia ao drama, passando pelo Fado, este elenco conseguiu levar o público às lágrimas, tanto de riso como de emoção. Nestas situações, vendo a entrega de uma equipa assim, nem as condições monetárias, nem as "aves agoirentas" faladas nessa noite são barreira que chegue para deitar abaixo um grupo coeso como este.
Um "velho" resistente do Parque Mayer, uma versão alternativa de Sócrates e Relvas, homenagens a grandes actrizes do nosso país e uma noite em casa de La Fúria.
São estes e outros momentos e temas que somos convidados a presenciar em Cheira a Vitória, numa noite sem dúvida muito bem passada.
Da comédia ao drama, passando pelo Fado, este elenco conseguiu levar o público às lágrimas, tanto de riso como de emoção. Nestas situações, vendo a entrega de uma equipa assim, nem as condições monetárias, nem as "aves agoirentas" faladas nessa noite são barreira que chegue para deitar abaixo um grupo coeso como este.
Um "velho" resistente do Parque Mayer, uma versão alternativa de Sócrates e Relvas, homenagens a grandes actrizes do nosso país e uma noite em casa de La Fúria.
São estes e outros momentos e temas que somos convidados a presenciar em Cheira a Vitória, numa noite sem dúvida muito bem passada.
Com interpretações de destaque de Ricardo Costa, Clara e Cátia Paião Mendes, que conseguiram brilhar ofuscando uma sala onde se faz o melhor que se pode, e muito bem!
É também de destacar a interpretação de um menino... um menino especial... um Menino da Rua. Levado a cena por uma criança em nome de todas as crianças da Picheleira, este número, bem como o Velho do Parque, conseguiram com agrado fazer o público lacrimejar.
Esta estreia teve a presença especial de Marina Mota, que nos brindou, após o número em sua homenagem, com um lindo e comovente discurso.
A noite culminou com toda a equipa presente no palco, com lugar para belas palavras, abraços e muita emoção à mistura. Pode-se dizer pelas reacções do público que foi e espera-se que continuará a ser um sucesso. Num dos discursos foi referido que talvez este espectáculo tenha momentos de nível semi-profissional, não podia estar mais de acordo. Tendo um mais avultado investimento, este espectáculo tinha todas as condições para estar em muitos teatros do país, superando até a qualidade de alguns do ramo profissional. Para as condições e a luta com que foi levado a cena, está sem dúvida de parabéns.
Afirmo com um enorme sorriso na cara que a Revista está viva e de boa saúde, para o comprovar basta ir às Olaias e passar uma bela noite, perfumada de cheiro a... vitória! · Cheira a Vitória > De Carlos Mendonça, Manuel Coelho, Isabel Damatta, entre outros; enc. de Rui de Sá; cenografia de Victor Nogueira, música de Benny Pascoal; figurinos de Joaquim Castelo; coreografia de José Nunes; produção VCL; com Clara, Nuno Saraiva, Manuel Coelho, Cátia Paião, José Nunes, Benny Pascoal, Cláudia Pereira, Elsa Alves, entre outros. Vitória Clube de Lisboa; Rua Silveiro Peixoto, Lisboa; T.218 484 801. Sáb. às 21h30. 7€.