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Mensagens

Marina Mota com nova Comédia pelo país

Tempestade num Copo d'Água é o nome da nova aposta de Marina Mota Produções. Desta feita, é com a comédia de Roberto Pereira que a actriz percorrerá Portugal, à semelhança de projectos anteriores, numa iniciativa de descentralização do teatro escrito e representado em português, levando-o a tantas localidades do país quanto possível. A acção decorre "durante um copo d’água de um casamento. Através de um sem número de personagens, e de um ritmo constante de entradas e saídas, vamos conhecendo a história de vários casais, de várias idades, que, embora apaixonados, escondem terríveis segredos uns dos outros, mas que durante o copo d’água vão sendo revelados. Passando-se em ambiente casamenteiro, os mesmos casais de várias idades vão desmistificando o casamento, mostrando como este é geralmente entendido nas diferentes fases da vida. Para isso, temos um casal de namorados que ambiciona casar; um casal acabado de casar; um casal casado há quase quarenta anos; e outro casa
Mensagens recentes

Teatral-Mente Opinando 31 | A Morte do Príncipe

★ ★ ★ ★ ★ Sala Estúdio - Teatro da Trindade. 17 de Novembro de 2016 (21h45). A Morte do Príncipe  ·  A partir de Shakespeare, Pessoa e Müller; encenação e dramaturgia de Ricardo Boléo; figurinos de Fernanda Serra; produção Teatro Aberto; com José Condessa e Lídia Muñoz.  Sala Estúdio do Teatro da Trindade; levada a cena de 27 de Outubro a 20 de Novembro A Morte do Príncipe  é uma encenação pós-moderna de Ricardo Boléo, que assina também a autoria, partindo de Shakespeare, Müller e Pessoa, numa surpreendente conjugação orquestrada de temáticas, sucessivamente sincopadas e desconstruídas, quer pelo metateatro, diga-se o teatro sobre e em si mesmo, quer, oposta mas ainda assim simultaneamente pela desconstrução antagónica do limite, tanto actor-personagem, como personagem-personagem pela criação de híbridos Hamlet / Ofélia, que se ramificam ainda em universos de Muller e Pessoa, nas suas vertentes bélicas, de maquinismo, de existencialismo e de vida/morte.  Num unive

Florbela em tournée pelo país

Ol(h)á Florbela!  é a nova revista assinala os 60 anos de carreira de Florbela Queiroz e tem esgotado salas, levando gargalhadas e boa disposição um pouco  por todo o país... Florbela Queiroz e Vera Mónica estão de regresso aos palcos com Ol(h)á Florbela! , uma revista concebida para realizar uma longa digressão nacional e que promete duas horas de gargalhadas e boa disposição. Florbela foi cabeça de cartaz de diversos espectáculos e, entre Televisão e Teatro, desdobrou-se em múltiplas personagens ainda hoje recordadas. Já Vera Mónica (a participação especial do espectáculo) é, igualmente, detentora de um valioso currículo, destacando-se as inúmeras revistas no Parque Mayer e os musicais de La Féria. Com a actualidade característica do género, conjugam-se a crítica social, a sátira, a emoção e o afecto e não faltam os momentos de fado, a cargo de Vera Mónica. Ao lado das duas conceituadas  actrizes, destacam-se três jovens talentosos: Marisa Carvalho (que integrou recent

Teatral-Mente Opinando 30 | Constelações

★ ★ ★ ★ ★ Sala Vermelha - Teatro Aberto. 23 de Outubro de 2016 (21h30). Constelações   ·  Texto de Nick Payne (versão de João Lourenço e Vera San Payo de Lemos); encenação de João Lourenço; cenário de António Casimiro e João Lourenço; figurinos de Dino Alves; produção Teatro Aberto; com Joana Brandão e Pedro Laginha.  Sala Vermelha do Teatro Aberto; levada a cena de 07 de Julho a 30 de Outubro Desde logo, na Sala Vermelha do Teatro Aberto, o espectador é transportado para uma atmosfera algo futurista que sugere a temática espacial, numa sala black box. Mariana e Rodrigo, interpretados respectiva e assoberbantemente por Joana Brandão e Pedro Laginha, sobem à cena vestidos pela mão do afamado estilista Dino Alves. O que é mais notável, sendo também o ponto fulcral da peça, são as noções de temporalidade, físicas e metafísicas, e a relatividade das mesmas. O enredo revela questões como o multiverso, a teoria do eterno retorno, a existência de diversas dimensões e de inúm

Teatral-Mente Falando 28 | O café onde a especialidade são gargalhadas

★★★☆☆ Teatro Armando Cortez. 28 de Maio de 2016 (21h30). ‘Allo ‘Allo! é a produção da Yellow Star Company – cuja actividade é louvável e digna do maior aplauso -, inspirada na célebre série televisiva que fez furor nos anos 80. Não sendo um prodígio de texto, é uma comédia que, apesar de alguns momentos mais enfadonhos - e que acabam por quebrar o ritmo do espectáculo –, vai conseguindo, mesmo assim, (re)captar o interesse do espectador e diverte com várias cenas caricatas, algumas perfeitamente hilariantes, que se desenrolam maioritariamente no Café René, durante a ll Guerra Mundial. Apesar de alguma fragilidade, convém dizer que a tarefa de transferir uma série televisiva para o palco é complicada quanto baste, pelo que a adaptação de João Didelet merece uma palavra elogiosa, mais não fosse pelo facto de a ter conseguido realizar. Para além da adaptação, Didelet, em parceria com Paulo Sousa Costa, assina uma eficiente encenação que dispõe bem e cumpre a função, e surge

Um sorriso e até já, Sr. Camilo

Foram várias as gerações que cresceram, riram, sonharam e foram felizes com o Sr. Camilo de Oliveira. O Teatro acolheu-o, o público - o público a quem ele sempre devotou todo o seu respeito, o seu talento, a sua entrega e profissionalismo - elevou-o a um lugar difícil de superar: o topo. O seu nome era o suficiente para atrair multidões que se entregavam à sua mágica que todos envolvia. Assim foi praticamente até ao final da vida de um actor que fez da sua vida um palco e do palco a sua vida. Com o Sr. Camilo desaparece uma parte do Teatro Português. A si, a nossa maior ovação e um muito obrigado por todos os momentos e por todos os ensinamentos que nos deixa. Um sorriso e até já.

Teatral-Mente Opinando 27 | A mãe que ninguém deseja ter e o estranho que lhe fez frente

★ ★ ★ ★ ★ Teatro Tivoli BBVA. 14 de Maio de 2016 (21h30). Regina Duarte passou por Portugal com o espectáculo Bem-Vindo Estranho , uma comédia onde as gargalhadas dão a mão ao suspense em quase duas deliciosas horas de bom Teatro. Ao abrir do pano somos levados até Londres e entramos no apartamento de Jaki… Rapidamente e sem dificuldade deixamo-nos envolvemos na história de uma mãe, por vezes afectuosa, mas sempre manipuladora e sufocante, que mantém uma relação conflituosa com a sua filha Elaine, relação que se tornará ainda mais conflituosa no dia em que surgir o misterioso namorado da jovem advogada, Kiko… Ver Regina Duarte em palco é um privilégio para qualquer pessoa. Ela é um furacão que, quando entra em cena, esmaga com a sua imponência, o seu talento e vitalidade e envolve todos com a sua arte. A sua Jaki, uma mãe como ninguém deseja, é uma incrível e magistral composição que condensa e equilibra bem as suas facetas carinhosa, divertida, implacável, controladora, des